domingo, 26 de dezembro de 2010

A Grande Pequenina

Não era das crianças mais queridas
tão magrinha, cabelinho maltratado
e por trás do sorriso envergonhado
escondia várias lágrimas contidas

Não conhecia quem havia lhe dado a vida
não tinha um ano e tinha a alma amargurada
Vivia tão sozinha, abandonada
com o vazio de uma ternura não sentida

E quem visitava aquele lugar
Com os bebês tão gordinhos se encantava
e aquela pequenina ninguém olhava
justo ela que tinha tanto pra mostrar

Em um dia diferente, o sol brilhou
Um casal lindo que passeava por lá
conseguiu na menininha enxergar
uma beleza, com seus olhos de amor

E a lágrima que tanto se escondia
apareceu em seu rosto, a se mostrar
E o casal disse: "_Não precisas mais chorar:
Minha filhinha, tu encontraste tua família"

13 comentários:

  1. Carol,

    O encontro entre pai e filho que você retratou neste post trouxe tanta emoção ao meu coração que é como se eu tivesse vendo a cena acontecer em minha frente.

    São poucas as pessoas que tem a sensibilidade que você tem para perceber as relações humanas e suas essências.

    Demonstrou em seu texto que talvez esta pequenina seja hoje também uma aprendiz da vida.

    Linda, amo, muito!

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  2. Nossa Carol que emoção.
    Este teu maravilhoso texto, me remeteu um episódio vivido na semana passada.
    Estavamos todos assistindo o Mais você, ai começou a passar uma matéria sobre adoção.
    Minha mãe ficou comovida ao ver que basta uma simples pessoa pra trazer tanta felicidade para aquelas crianças abandonadas pelos pais. QUe por muitas vezes já são grandinhas, e essas são as que mais encontram dificuldades para ser adotadas.
    Beijos. Muito Legal. Ah e te conto uma novidade. Estou fazendo de tudo aqui para minha família adotar uma menininha. É meu sonho ter uma irmã.
    http://tecalas.blogspot.com/

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  3. Olá Carolina,Eu acho tão bonito as pessoas adoptarem crianças,eu e minha mulher temos um filho e uma filha, andavam eles a estudar, pensamos em adoptar uma criança reuniam-mos todas as condições exigidas, mas foi tanta burocracia andamos quase um ano, para aqui e para ali, com papéis para lá e para cá, acabamos por desistir.
    Com estes lindos textos que escreves,fica bem te tratarem pelo o teu apelido, condiz bem com o ser humano que és.

    Um beijinho,
    José.

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  4. Carol, você é pura emoção. Com sua alma colorida você pinta de esperança o preto e branco da vida.
    A sua leitura da sociedade e das suas mazelas é maravilhosa! Você é o olhar atento e compassivo que ao invés de ,apenas, contemplar e ficar penalizada, atua! Você vai à luta para fazer da da terra um lugar melhor com a sua presença.
    Te amoooooooo!!!!
    Bjs

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  5. Poxa Carol, que poesia viva e bela...
    Sabe eu já trabalhei com crianças carentes, já tentei passar todo meu bom sentimento, todos os risos e sorrisos, e tudo que dei a elas recebi em dobro.
    Tenho 3 filhos e dei a eles um mundo bonito cheio de historinhas e canções de nina, e eles cresceram, hoje em dia gostaria de dedicar meu tempo as crianças que não tem quem as cuide.
    Mas onde estou morando não tem projetos assim, e graças a Deus muito poucas crianças abandonadas e cidade é muito pequena, e eu findo sendo um pouco mãe de filhos de amigos, nasci para isso, não suporto sentir o sofrimento de uma criança, elas não conhecem o mundo e nem sabe o melhor caminho, precisam de nós.
    Por isso quem adota uma criança acende uma boa luz no mundo, seu post tá lindo moça. Que teu ano novo seja imensamente feliz!

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  6. Quando eu amadureci a idéia da adoção (não gosto dessa palavra) eu andei por alguns lugares, e confesso que me assustei com os critérios impostos pelos pais "adotantes". Esse casal que a Carol cita na hitória é rarissimo.
    E por esse motivo (infelismente) os maiorzinhos, os menos disprovidos de beleza física vão ficando mais velhos e consequentemente mais difícil de serem adotados.
    O que mais me admira, é ver que em pleno seculo XXI, ainda existam pessoas com essa concepção, beleza, idade cor de olho, sexo.Quando eu recebi meu filho nos braços, alguns diziam: "você está fazendo uma caridade pra essa criança e pra essa moça".
    eu fazendo caridade? que nada! Essa criança só agregou valores a mim e ao meu marido, é por ele que eu levanto todos os dias as 4hs da manhã, é por ele que eu permaneci de pé, é por ele que eu respiro, é por ele que eu vivo, é por ele que eu tento ser feliz, é por ele que eu fico bonita, porque ele adora mulher bonita, maquiada e de unhas vermelhas.
    Ele e meus outros filhos de 4 patas são tudo o que eu tenho na vida.
    Santhiago me ensina a viver dia-após-dia, e existem ocasiões que eu não seguro o choro e me deito no colo dele pra chorar (mesmo ele tendo apenas 7 anos), e ele diz: "não chora mãe, que eu estou aqui para te proteger, e não existe sensação mais maravilhosa que qauelas mãos tão pequenas acariciando meus cabelos.
    Ai eu pergunto, será que eu fui mesma que fiz uma caridade pro Santhiago?
    OBRIGADA DEUS"

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  7. Que coisa boa...um final feliz para a grande pequenina...Isso é puro amor...amor doação...tão raro...só pessoas de coração nobre podem sentir e dar tanto amor assim...emocionante!!!

    Bjokas

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  8. Linda !!!
    Você me impressiona todos os dias.
    Que linda, raro acontecer, mas podemos ver que acontecem essas adoções por amor, amor verdadeiro, encantamento sobrenatural, coisas de outras passagens , sabe como é , assim que euacredito.
    Amo você muitão.

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  9. Conseguiu transparecer muita emoçao,parabens !!!!!!! e que muitas fofinhas e fofinhos possam ser adotas nos proximos anos imdependente de raça cor ou tamanho.

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  10. As vezes demoro pra aparecer, mas quando apareço tiro o atraso. Li vários textos aqui agora e você se supera a cada dia.
    A homenagem ao teu pai me fez chorar; esse poema aqui me tocou de uma forma que nem posso descrever...
    A gente tira leite de pedra, tira sentido da dor e consegue cantar a vida mesmo em seus momentos mais tristes; isso é o que importa! E, que a sujeira dessa gente que aparece só pra tentar fazer estrago (tentar, porque a gente não deixa concretizar!) vá mesmo pra puta que pariu!
    Bj!

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  11. Adoro finais felizes. Principalmente quando se trata de abandonos, solidão, desamparos....! Porque é muito triste essa condição de vida ainda mais quando se trata de crianças.
    Legal Carol! Você é uma jovem preocupada com os acontecimentos desse mundo que às vezes nos apresenta tão sombrio.
    Beijos amiga.

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  12. Vim visitar e fui ficando, lendo, ficando...
    quase esqueço de ir embora...
    Bjsss!

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